As
similaridades entre os sons de ZAPPA/PATTON, sempre foram enormes: O gosto pela
por uma certa bizarrice e escatologia, o experimentalismo sem culpa ou limites,
e o “foda- se” para o que o mainstrean pensa.
A dupla acompanhada pela banda The Dillinger Scape Plan, gravou o primeiro (dos três álbuns prometidos pela parceria), em apenas uma semana, regada por (dizem) litros e litros de cafeína.
Se você esperava uma explosão de “cabecismo experimentalista” vai ficar decepcionado. Flyng Catzo e um disco quase normal, não fossem as vinhetas malucas (Fundamentalist Feud), e as quebradas inesperadas no meio das canções (Hardcore Valsa). O destaque vai para as letras sarcásticas e anárquicas, onde os caras tiram sarro de Bush e seus comparsas (Bush did not go to heaven), do politicamente correto (I was a young dwarf), Teorias da conspiração (Illuminati do not surf).
São vinte faixas onde a guitarra de Zappa, vai do clássico ao hardcore sem perder a pegada ou o charme. O cara parece recuperado do câncer que o atacou em 93, e de la para cá tem buscado novas parcerias e horizontes musicais.
O voz de Patton nunca soou tão boa. Parece que a produção e direção musical de Zappa deram um foco para os exageros vocais do cara.
O Dillinger Scape Plan quase chega aos pés do Mothers como melhor banda de apoio que o Zappa já teve. A molecada acompanha o pique do mestre , sem perder o fôlego em nenhum instante, provando que podem fazer muita coisa alem do grindcore Jazz que praticam.
Flying Catzo e o primeiro de três discos, que os caras prometeram lançar ainda esse ano e fazem parte de um tal "Projeto Objeto" que o Zappa vem tocando desde o inicio da carreira. Se tiverem a mesma qualidade de Flyng Catzo, podem contar como os melhores do ano facinho, facinho.
Um excelente disco, acompanhado de uma grande banda. Regidos de forma majestosa pela mente desorganizadamente criativa de mestre Zappa, e temperados pela insanidade vocal criativa de Patton. Flying Catzo tem tudo para ser muito mais que um disco do ano, pode ser o disco do MILÊNIO!
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