sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Flying Catzo – ZAPPA/PATTON – Ano: 2011 - Zappa Records

As similaridades entre os sons de ZAPPA/PATTON, sempre foram enormes: O gosto pela por uma certa bizarrice e escatologia, o experimentalismo sem culpa ou limites, e o “foda- se” para o que o mainstrean pensa.

A dupla acompanhada pela banda The Dillinger Scape Plan, gravou o primeiro (dos três álbuns prometidos pela parceria), em apenas uma semana, regada por (dizem) litros e litros de cafeína.

Se você esperava uma explosão de “cabecismo experimentalista” vai ficar decepcionado. Flyng Catzo e um disco quase normal, não fossem as vinhetas malucas (Fundamentalist Feud), e as quebradas inesperadas no meio das canções (Hardcore Valsa).  O destaque vai para as letras sarcásticas e anárquicas, onde os caras tiram sarro de Bush e seus comparsas (Bush did not go to heaven), do politicamente correto (I was a young dwarf), Teorias da conspiração (Illuminati do not surf).

São vinte faixas onde a guitarra de Zappa, vai do clássico ao hardcore sem perder a pegada ou o charme. O cara parece recuperado do câncer que o atacou em 93, e de la para cá tem buscado novas parcerias e horizontes musicais.



O voz de Patton nunca soou tão boa.  Parece que a produção e direção musical de Zappa deram um foco para os exageros vocais do cara. 

O Dillinger Scape Plan quase chega aos pés do Mothers como melhor banda de apoio que o Zappa já teve. A molecada acompanha o pique do mestre , sem perder o fôlego em nenhum instante, provando que podem fazer muita coisa alem do grindcore Jazz que praticam.

Flying Catzo e o primeiro de três discos, que os caras prometeram lançar ainda esse ano e fazem parte de um tal "Projeto Objeto" que o Zappa vem tocando desde o inicio da carreira. Se tiverem a  mesma qualidade de Flyng Catzo, podem contar  como os melhores do ano facinho, facinho.

Um comentário:

  1. Um excelente disco, acompanhado de uma grande banda. Regidos de forma majestosa pela mente desorganizadamente criativa de mestre Zappa, e temperados pela insanidade vocal criativa de Patton. Flying Catzo tem tudo para ser muito mais que um disco do ano, pode ser o disco do MILÊNIO!

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