domingo, 24 de abril de 2011

The Batman of Gotham City 1973 EUA/Italia Direção : Mario Bava Colorido 190 minutos


Um filme de horror ou um filme de quadrinhos?
A resposta ? : Ambos.

Mario Bava, criou uma obra que mistura horror, psicodelia e política de forma impecável. Sua versão para o universo do Homem Morcego (vivido pelo estranho Cristopher Walken), e um passo alem, do que ele fez em Diabolik de 68.

No roteiro meio surreal de Willian Burroghs, um novo vilão chamado Coringa ( David Bowie impecável) chega a Gotham City disposto a destruir a ordem mantida por Batman. O que se segue e uma orgia de violencia e sangue de ambos os lados.

O filme levanta questões nunca antes discutidas em filmes de quadrinhos : Seria Batman uma encarnação do fascismo ?, O Coringa seria um representante bem vindo e libertário da Anarquia ?.

Bava usa cores fortes e psicodélicas nessa aventura as vezes claustrofóbica, as vezes violenta sobre os limites e escolhas da civilização. Ele consegue manter parte do visual da cultuada serie de TV do 
Batman, levando a a limites quase oníricos. Uma especie de pesadelo no meio da tarde.

Destaque, para a belíssima e sensual, Caroline Munro como Mulher Gato, vivendo um triangulo amoroso com Batman e o Coringa.

Atenção para o final inusitado para os padrões americanos. Um sacrilégio do chamado “final feliz,” vindo de um diretor que sempre foi iconoclasta.

3 comentários:

  1. Uma pena que não seja verdade... Teria sido ótimo com este elenco!

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  2. O que acho mais legal nesses textos , além da forma de construção envolvente, é o fato de que todos propõem novas realidades no conjunto do multiverso. À partir do momento que se pensa algo ele ganha uma verossimilhança mental. Imaginar outras realidades, visualizar outras realidades , embora pareça um processo esquizofrênico, é um dom da arte que nos faz querer construir coisas melhores ou distintas realidades em nossa própria linha de existência. A arte faz essa magia acontecer, nos transporta para qualquer acontecimento e enquanto estamos imersos do universo narrativo tudo aquilo se torna encantadoramente real. Parabéns pelo blog e por suas belas e envolventes construções de mundo, Jefferson Nunes!

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